Sobre a suposta "antipatia" de Miguel Sousa Tavares
Para começar era bom que todos conseguimos agradar a gregos e a troianos mas, infelizmente, nunca foi e nem nunca será assim. Fora isso não há quem consiga eliminar desta sociedade a estúpida teoria de que lá porque existe quem não é de mostrar os dentes todos a quem passa na rua ou quando, por força das circunstâncias, até aparece na televisão, leva-me a crer que não agradam a gregos, troianos e nem a povo nenhum que os valha. Pelo menos é essa a sensação que tenho de cada vez que Miguel Sousa Tavares "ousa" aparecer em público para expressar opiniões. É certo que não esbanja simpatia mas convenhamos que os assuntos para os quais é desafiado a comentar também não têm sido propriamente motivo de celebração. Ainda assim, mesmo que o assunto fosse a maior das boas notícias, parece-me que o jornalista e escritor tem o direito de fazer a cara que bem entender e que, por acaso, nem acho que a faça para intimidar alguém. É, na minha modesta opinião (e já tive oportunidade de entrevistá-lo duas vezes), a cara que Deus lhe deu quando está a comentar assuntos sérios. Garanto-vos, porque também já presenciei, que ele sabe rir e é até bastante simpático, educado e uma pessoa muito bem formada quando tem de ser. Aliás, basta analisar que mesmo quando ele questionava os seus entrevistados na TVI, com a tal cara de "quem lhe deve dinheiro e ninguém lhe paga", são muito poucos os que lhe respondem com má cara ou má educação. Pelo contrário, nota-se respeito e consideração pelo Miguel na maioria das vezes. Por fim, e porque isto foi só um desabafo pessoal, nunca confundam perguntas difíceis com supostamente "invasivas" demais porque, acreditem, é quase sempre assim que se consegue a verdade e o esclarecimento real dos factos. Palavra de jornalista!
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