Melasma: Tenho boas e más notícias!
Não pretendo alongar-me neste post com explicações médicas sobre o que causa o melasma porque, para começar, por muito que se leia sobre o assunto na internet, só um dermatologista, através de exames, pode efectivamente determinar a causa exacta desta doença de pele. Depois, porque quem sofre de melasma, como eu, deve estar mais interessada na cura do que propriamente na sua origem. Pois bem. Vou contar-vos a minha experiência com esta doença que não mata, não dói, não é contagiosa, mas incomoda e não é pouco! Ter de acordar e deitar-se todos os dias com manchas escuras na pele, quer queiramos quer não, mexem um bocadinho (para não dizer muito), com a auto-estima! É que ou bem que andamos com carradas de base de manhã à noite para tentar disfarçar a coisa, ou temos de estar psicologicamente preparadas para os mais variados olhares de soslaio ou até mesmo perguntas de desconhecidos que dispensávamos perfeitamente. Mas adiante...
Vou começar pela boa notícia...finalmente, e ao fim de uns 4 anos a padecer deste problema, posso dizer-vos que estou praticamente livre das manchas. Por isso, pessoas que sofrem do mesmo mal, não desanimem porque é possível voltarem a ter uma pele com bom aspecto. Agora a má notícia...para conseguirem o mesmo, preparem-se e mentalizem-se que é preciso investir algum capital em tratamentos. Percam a esperança de que as centenas de truques e segredos que lemos nos mais variados blogs e chats onde supostas "especialistas" sobre o assunto garantem que esfregar a face com limão e bicarbonato de sódio é o remédio perfeito para acabar de vez com o melasma. Porque não é! E este é apenas um entre muitos dos estúpidos conselhos que fui lendo ao longo do tempo em que acreditei que podia tirar as manchas com tratamentos caseiros. Experimentei um pouco de tudo e gastei até algum dinheiro com cremes despigmentantes, óleo de mosqueta, etc, etc. Alguns atenuaram mas nada removeu o melasma na totalidade.
Ao fim de algum tempo decidi então investir algum dinheiro e consultar um dermatologista que, para início de conversa, avisou-me que na maioria dos casos o melasma é crónico. Ou seja, existe uma boa percentagem de pessoas que conseguem livrar-se das malditas manchas mas se depois não tiverem cuidado no dia-a-dia, elas podem reaparacer de um momento para o outro. Basta que passemos uma tarde na esplanada a apanhar sol sem protector solar. Com factor 50, pelo menos. Embora sejam raros, existem também casos em que o dermatologista não consegue remover totalmente as manchas, a não ser que recorra a peelings muito abrasivos que, a meu ver, deviam ser evitados. Mas a maioria dos casos tem tratamento. Na minha situação em particular, o dermatologista optou por tratamentos menos invasivos e em duas sessões de dermabrasão química parcial da face, aliadas ao tratamento simultâneo com três cremes, consegui voltar a sair de casa sem base. Perdoem-me não mencionar aqui o nome desses cremes mas seria um acto irresponsável da minha parte. Porque foi-me explicado pelo médico que cada caso é um caso e cada tipo de pele tem uma reacção diferente aos tratamentos. Além de só termos acesso a eles através de receita médica, são bastante abrasivos e em certos dias causaram-me até uma inflamação na face. Por isso, aceitem o meu conselho e não se aventurem em experiências que resultaram com a amiga ou a vizinha. Se não tiverem mesmo possibilidade de fazer os tratamentos de dermabrasão, basta que partilhem essa questão com o dermatologista e ele certamente terá outras opções mais baratas, talvez também mais demoradas, mas que ajudam pelo menos a atenuar o problema. Depois, é não esquecer que para o resto da vida não podemos sair de casa, faça chuva ou faça sol, sem o protector solar factor 50. E isto é regra fundamental.
Se tiverem dúvidas ou questões que queiram colocar-me a respeito deste tema, terei todo o gosto em esclarecer-vos. Basta que comentem o post ou enviem as vossas dúvidas para o email seainessabedisto@gmail.com.