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Se a Inês Sabe Disto

Se a Inês Sabe Disto

06 de Maio, 2020

As coisinhas que inventavam!

Patrícia Teixeira

Se hoje as técnicas para corrigir certas imperfeições estéticas ou melhorar o nosso visual são cada vez mais descomplicadas, saibam que nem sempre foi assim! A vaidade sempre existiu mas, naturalmente, os recursos tecnológicos eram muito escassos. A pouca informação ou, na maioria das vezes, a informação errada, faziam com que fossem criados verdadeiros objectos de tortura com finalidades estéticas. Ou então produtos de cosmética com ingredientes potencialmente malignos para o organismo. Ora vejam:

Na imagem abaixo vemos Maksymilian Faktorowicz, o conhecido fundador da marca Max factor, a detectar imperfeições no rosto da actriz Marjorie Reynolds, usando o micrómetro de beleza. Esta engenhoca foi inventada pelo próprio, em 1932, e era através dela que o criador da linha de cosméticos decidia qual a melhor maquilhagem a aplicar, consoante as linhas faciais de cada mulher. Eficiente ou não, foi esta invenção que lhe concedeu a entrada no universo do cinema americano. 

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Nas duas imagens que se seguem, que datam de 1920, é possível observar como fazer uma simples ondulação no cabelo não era propriamente tarefa rápida e fácil. 

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Outra invenção criada em 1900, o Thermocap, prometia estimular os folículos capilares e assim evitar a queda de cabelo, através da aplicação de calor e do efeito de lâmpadas azuis.

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A invenção de Isabella Gilbert, em 1936, foi concebida com o intuito de fazer covinhas no rosto, mediante a utilização do aparelho metálico que se pode ver na foto. Mas a controvérsia foi inevitável quando os médicos fizeram um alerta público de que o uso prolongado desta técnica, "além de não fazer covinhas, podia provocar o cancro após uso prolongado". Ainda assim, este aparelho revelou-se uma verdadeiro sucesso naquela época. 

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Cintas extremamente apertadas para a cintura e pescoço (imaginem!), asseguravam a eliminação das gorduras localizadas nessas zonas. Podiam ser usadas por ambos os sexos e, de acordo com o anúncio, "o efeito era rápido e completamente seguro". A má notícia é que ainda hoje se comercializam este tipo de produtos, embora a adesão não seja particularmente significativa.

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O cirurgião ortopédico Lewis Sayre, autor do livro "Spinal Disease and Spinal Curvature", defendia que os pacientes que sofriam deste enfermidade teriam de ficar suspensos (e sem roupa na parte superior!) durante horas consecutivas, como se pode ver na imagem. 

 

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No início do século XX, as substâncias radioactivas transformaram-se-se no ingrediente favorito da América para o fabrico e comercialização de produtos de cosmética, alimentares e até, pasmem, medicamentos!

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Um "cinto" para a cabeça que prometia, entre outras coisas, pôr fim ao duplo queixo, rejuvenescer a pele, acabar com as rugas e devolver a cor rosada às bochechas. 

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O Trados Nose Shaper foi lançado nos anos 20 e prometia corrigir o nariz sem necessidade de recorrer a uma cirurgia. Segundo o inventor deste aparelho, M. Trilety, o processo era "rápido, permanente e indolor".