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Se a Inês Sabe Disto

Se a Inês Sabe Disto

12 de Abril, 2018

Sabe onde saborear a mais rica Sopa do Mar?

Patrícia Teixeira

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Há uma boa dezena de motivos que me fazem regressar com frequência à zona do Meco. Entre eles uma Sopa Rica do Mar que faz parte da ementa do restaurante Dom Ricardo, em Alfarim, uma aldeia vizinha. É sempre feita na hora (demora cerca de 25 minutos a ser confeccionada) e é  servida na própria panela onde foi confeccionada. Só por isso já nos sentimos acolhidos, como se estivéssemos em casa de um familiar. Aqui é tudo preparado na hora por isso, se vão com pressa, é melhor deixá-la à porta ou marcar outro dia para visitar o espaço. Ainda em relação à famosa sopa, e perdôem-me os vários restaurantes que também servem sopa do mar, como esta não há igual. Na minha oinião, claro! E espante-se, é acompanhada por batatas fritas. Mas a ementa é ainda valorizada por outras deliciosas iguarias que não ficam atrás desta maravilhosa sopa feita com peixe, maricos e outros ingredientes do mar. Sempre tudo muito fresco e a um preço bastante acessível. As cataplanas, por exemplo, são qualquer coisa de fazer-nos suspirar! E se não forem muito fãs da gastronomia do mar, eles fazem um bife com pimenta que vai deixar-vos certamente com água na boca para lá voltar. E não me alongo mais em descrições. Peguem em vós, vão passear até àquelas bandas e parem para almoçar no Dom Ricardo. Valerá a pena!

Morada: Estr. Nacional 377, 2970 Sesimbra

Tlf : 212 684 735

 

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11 de Abril, 2018

"Zé dos Cornos": a verdadeira tasca de Lisboa

Patrícia Teixeira

 

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No Zé dos Cornos a coisa funciona mais ou menos assim: a tasca é pequena e afamada, por isso, não vale a pena criar ilusões de que é chegar e sentar. Quase sempre existe uma considerável fila de espera mas, a meu ver, isso pouca importa quando estamos prestes a provar a especialidade da casa: entrecosto com arroz de feijão. Se preferirem com batata frita também se arranja. Antes que me esqueça, este espaço fica ali num beco, o dos Surradores, no número 5, entre a Rua da Madalena e o Martim Moniz, em Lisboa. Pertence a uma família de Ponte de Lima e só isso faz prever a simplicidade e simpatia no atendimento. É o típico cartão de visita da malta do norte, convenhamos.

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Aqui é pouco provável que tenham surpresas desagradáveis com os preços. As doses são bem servidas e o valor cobrado mais do que justo. E não pensem que a ementa se faz só do entrecosto. O peixe e as carnes grelhadas no carvão, com destaque para o bacalhau e as costelas de porco, são qualquer coisa de levar-nos ao céu. Se decidirem acompanhar a refeição com uma imperial ou qualquer outra bebida, ninguém levará a mal. Mas quem gostar de vinho, não deixe de provar aquele que vem directamente das uvas do senhor João de Ponte de Lima. Servido em garrafas sem rótulo, como deve ser!

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Já agora, para ninguém ir ao engano, a maior parte das mesas são corridas e temos de partilhá-las com outros clientes. No fundo, é isso que faz o bom e acolhedor ambiente desta casa. Agora a pergunta que não quer calar…e porquê o nome “Zé Dos Cornos?”.  Porque o pai do proprietário teve, em tempos, um caso extra-conjugal e assim ficou conhecido. Mas como diria o outro…”Isso agora não interessa nada”. O meu conselho é que não deixem mesmo de visitar este espaço. Garanto-vos que o vosso estômago vai agradecer-vos.

Beco dos Surradores, 5
Lisboa
Tel: 21 886 9641

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09 de Abril, 2018

Trufas de chocolate com licor de laranja

Patrícia Teixeira

 

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Enquanto meio mundo continuava a divagar sobre o Sporting eu, que sou quase completamente desligada de tudo o que tenha a ver com futebol, ontem à noite decidi desligar também a televisão e dedicar algum tempo aos tachos. Desta feita para fazer trufas de chocolate com licor de laranja. Não que seja propriamente fã de doces mas como tinha cá em casa um licor de laranja que me foi oferecido no Natal, achei que seria um desperdício continuar a vê-lo intacto na prateleira. Pesquisei na internet uma receita que até parecia simples. Mas como diz o povo e com razão que "nem tudo o que parece é" quinze minutos depois já estava mais do que arrependida de ter embarcado nesta aventura. Não que seja difícil de confeccioná-las mas o tempo de preparação pode ser considerado chocante se tivermos em conta que fui para a cozinha às 22:00 e saí de lá perto da uma da manhã. Só porque não reparei no "pormenor" que a meio da receita tinha de esperar que elas hibernassem duas horas no frigorífico antes de prosseguir com a coisa. E é óbvio que sou atacada por insónia todos os dias, excepto naqueles em que decido fazer trufas. Como se não bastasse, elas têm de ficar de um dia para o outro no frigorífico e só esta manhã pude prová-las. Foi o meu pequeno-almoço light de hoje :). Mas pronto, refeita do trauma e imparcial que sou na avaliação dos meus cozinhados :) garanto-vos que estão simplesmente deliciosas. Anotem a receita...

 

Ingredientes (mais ou menos para 12 a 15 trufas)

  • 1/4 chávena (55 g) de manteiga sem sal
  • 3 colheres (sopa) de leite condensado
  • 100 g de chocolate meio-amargo picado
  • 2 colheres (sopa) de licor de laranja
  • 1 colher (chá) de raspas de laranja
  • 100 g de chocolate meio-amargo de boa qualidade, picado
  • 1 colher (sopa) de óleo vegetal
  • cacau em pó

 

Preparação

Numa panela, em lume médio, junte a manteiga ao leite condensado até levantar fervura. Nessa altura retire do lume e acrescente 100 g do chocolate picado, o licor e as raspas de laranja. Mexa tudo muito bem até obter um creme homogéneo. Transfira o creme para uma tigela rasa e deixe-o no frigorífico por aproximadamente 2 horas para que arrefeça e endureça. Forre um tabuleiro com papel manteiga. Tire o chocolate do frigorífico e, com a ajuda de uma colher de chá ou até mesmo com a mão, modele as trufas em bolinhas pequenas. Coloque-as no tabuleiro forrado e deixe no frigorífico por .30 minutos para que fiquem firmes. Em banho-maria derreta as restantes 100 g do chocolate juntamente com o óleo mexendo sempre muito bem. Depois do chocolate estar derretido, retire do lume e deixe-o arrefecer, mas só até ficar morno. Banhe as trufas no chocolate derretido. Use dois garfos para retirá-las do chocolate derretido para que o excesso de chocolate fique na panela. Ponha as trufas no tabuleiro e deixe-as no frigorífico até ao dia seguinte. Antes de servir, polvilhe-as com cacau em pó. 

07 de Abril, 2018

Venham degustar o vinho feito em homenagem a Fernando Pessoa!

Patrícia Teixeira

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Apreciador de um bom copo de vinho, o poeta Fernando Pessoa tinha o hábito de fazer uma pausa a meio do trabalho para ir até ao “Abel” onde ficava “próximo do paraíso terrestre”. O Abel era Abel Pereira da Fonseca, fundador da Companhia Agrícola do Sanguinhal, que ainda hoje mantém a mesma estrutura familiar e explora três quintas na Região Demarcada de Óbidos: Quinta do Sanguinhal, Quinta das Cerejeiras e Quinta de S. Francisco.

Em homenagem ao poeta e ao fundador da empresa, a Companhia Agrícola do Sanguinhal (CAS) criou assim o vinho Casabel que propomos descobrir melhor em dois momentos de inspiração poética.

O primeiro acontece já no dia 20 de abril, às 19:00, na Livraria Barata, em Lisboa. O cenário ideal para celebrar o prazer das Letras e o do Vinho, numa prova que Fernando Pessoa não iria certamente perder. O segundo no dia 26 de abril, às 20:00, no Restaurante La Rotonda, Hotel The Westin Palace, em Madrid, onde a poesia volta a ser a musa de um jantar pessoano com vinhos Casabel e um menu exclusivo Pessoa, elaborado pelo Chef Delfim Soares da Escola de Hotelaria e de Turismo do Porto.

Ocasiões perfeitas para lembrar o poeta que escreveu: “Boa é a vida, mas melhor é o vinho”. Venha desfrutar dele na melhor companhia.

Para reservas ou mais informações sobre o jantar de Madrid consulte os contactos deste folheto:

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01 de Abril, 2018

Expliquem-me a vantagem do Dia das Mentiras

Patrícia Teixeira

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Eu juro que não ando revoltada com a vida! E ainda pensei em falar neste post sobre o coelhinho da Páscoa. Não que o coitado do animal e a respectiva tradição associada me digam grande coisa, mas pronto! Agora...  sinceramente... uma pessoa ligar a televisão pela fresquinha para ver e ouvir as notícias do dia e desatar a levar com o Inferno do costume nesta data é dose! Admitam! É o Dia das Mentiras e não vejo uma alminha a manifestar-se contra isso. Pior, não bastasse a maioria dos nossos amigos e familiares acharem um piadão pregarem-nos uma mentira, que por vezes transcende os limites do aceitável, ainda temos de levar com a Comunicação Social e as mais diversas e credíveis multi-nacionais a fazer exactamente o mesmo. E depois uma pessoa acorda, senta-se no sofá porque só tem aquele bocadinho para actualizar-se a respeito do que se passa no Mundo e grama com um rol de notícias sobre guerras, desentendimentos políticos, casamentos secretos entre celebridades ou grandes empresas que acabaram de lançar um gadget tão incrível que achamos que vai ser quase impossível sobreviver sem ele. Até aqui tudo bem! Não fosse o desalento de ter de duvidar de tudo o que nos estão a impingir na caixinha mágica, o que se torna , pelo menos para mim, extremamente cansativo. E pronto, temos duas míseras opções enquanto ali estamos a assistir às novidades do dia: ou colocamos tudo em causa e ficamos danados porque mais tarde vamos descobrir que afinal o tal gadget pelo qual estamos apaixonados desde manhã não existe e, com "sorte", só irá existir quando nos mudarmos todos para Marte, ou acreditamos em tudo e sujeitamo-nos a fazer figura de parvos, horas depois, no almoço familiar da Páscoa. Parece que já estou a ver algum de nós anunciar a grande "bomba" de que a Google foi ontem vendida aos chineses e jurar a pés juntos que isto é verdade porque deu na TVI. E depois é esperar pelas mais variadas reacções. Ou todos acreditam e a coisa rende ali umas boas horas (desperdiçadas obviamente), a discutir sobre as vantagens e desvantagens deste mega-negócio ...até descobrirem mais tarde que é tudo mentira (mas se Deus quiser a essa hora já estaremos longe do evento familiar), ou fazemos simplesmente figura de parvos por sermos dotados de uma inocência quase enternecedora por acreditar nesse tipo de palermices.

Mas vamos lá ver uma coisa...que os amigos e familiares achem piada a pregar uma ou outra peta inofensiva, daquelas que não acrescentam nem retiram um bocado de carne a ninguém eu ainda aceito (mal, mas aceito). Agora que o Mundo se una neste dia para divulgar notícias com alguma relevância que são depois espalhadas sem dó nem piedade por outros orgãos de Comunicação Social, nas redes sociais e afins...epá, isso é que eu já não compreendo! Onde é que está a piada de fazer-nos perder tempo a descobrir qual foi a mentira do dia quando temos tanta, mas tanta coisa mais interessante para fazer como dormir, por exemplo? Bem sei que existe uma história secular, que até tem contornos engraçados, para a origem do Dia das Mentiras. Mas eu não quero saber disso para nada. 

Pessoal que vai estar comigo neste dia e que já tem uma mentirinha guardada na manga para o momento-chave...é bem provável que eu não acredite em nada do que vão dizer-me. Se é algo importante digam amanhã, quando esta estupidez já tiver terminado. Ahhhhhh, antes que me esqueça e isto são duas grandes verdades...Desejo-vos uma óptima Páscoa e um grande beijinho de parabéns à minha afilhada Sara que hoje faz 31 anos. 

 

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