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Se a Inês Sabe Disto

Se a Inês Sabe Disto

24 de Março, 2018

Melasma: Tenho boas e más notícias!

Patrícia Teixeira

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Não pretendo alongar-me neste post com explicações médicas sobre o que causa o melasma porque, para começar, por muito que se leia sobre o assunto na internet, só um dermatologista, através de exames, pode efectivamente determinar a causa exacta desta doença de pele. Depois, porque quem sofre de melasma, como eu, deve estar mais interessada na cura do que propriamente na sua origem. Pois bem. Vou contar-vos a minha experiência com esta doença que não mata, não dói, não é contagiosa, mas incomoda e não é pouco! Ter de acordar e deitar-se todos os dias com manchas escuras na pele, quer queiramos quer não, mexem um bocadinho (para não dizer muito), com a auto-estima! É que ou bem que andamos com carradas de base de manhã à noite para tentar disfarçar a coisa, ou temos de estar psicologicamente preparadas para os mais variados olhares de soslaio ou até mesmo perguntas de desconhecidos que dispensávamos perfeitamente. Mas adiante...

Vou começar pela boa notícia...finalmente, e ao fim de uns 4 anos a padecer deste problema, posso dizer-vos que estou praticamente livre das manchas. Por isso, pessoas que sofrem do mesmo mal, não desanimem porque é possível voltarem a ter uma pele com bom aspecto. Agora a má notícia...para conseguirem o mesmo, preparem-se e mentalizem-se que é preciso investir algum capital em tratamentos. Percam a esperança de que as centenas de truques e segredos que lemos nos mais variados blogs e chats onde supostas "especialistas" sobre o assunto garantem que esfregar a face com limão e bicarbonato de sódio é o remédio perfeito para acabar de vez com o melasma. Porque não é!  E este é apenas um entre muitos dos estúpidos conselhos que fui lendo ao longo do tempo em que acreditei que podia tirar as manchas com tratamentos caseiros. Experimentei um pouco de tudo e gastei até algum dinheiro com cremes despigmentantes, óleo de mosqueta, etc, etc. Alguns atenuaram mas nada removeu o melasma na totalidade.

Ao fim de algum tempo decidi então investir algum dinheiro e consultar um dermatologista que, para início de conversa, avisou-me que na maioria dos casos o melasma é crónico. Ou seja, existe uma boa percentagem de pessoas que conseguem livrar-se das malditas manchas mas se depois não tiverem cuidado no dia-a-dia, elas podem reaparacer de um momento para o outro. Basta que passemos uma tarde na esplanada a apanhar sol sem protector solar. Com factor 50, pelo menos. Embora sejam raros, existem também casos em que o dermatologista não consegue remover totalmente as manchas, a não ser que recorra a peelings muito abrasivos que, a meu ver, deviam ser evitados. Mas a maioria dos casos tem tratamento. Na minha situação em particular, o dermatologista optou por tratamentos menos invasivos e em duas sessões de dermabrasão química parcial da face, aliadas ao tratamento simultâneo com três cremes, consegui voltar a sair de casa sem base. Perdoem-me não mencionar aqui o nome desses cremes mas seria um acto irresponsável da minha parte. Porque foi-me explicado pelo médico que cada caso é um caso e cada tipo de pele tem uma reacção diferente aos tratamentos. Além de só termos acesso a eles através de receita médica, são bastante abrasivos e em certos dias causaram-me até uma inflamação na face. Por isso, aceitem o meu conselho e não se aventurem em experiências que resultaram com a amiga ou a vizinha. Se não tiverem mesmo possibilidade de fazer os tratamentos de dermabrasão, basta que partilhem essa questão com o dermatologista e ele certamente terá outras opções mais baratas, talvez também mais demoradas, mas que ajudam pelo menos a atenuar o problema. Depois, é não esquecer que para o resto da vida não podemos sair de casa, faça chuva ou faça sol, sem o protector solar factor 50. E isto é regra fundamental. 

Se tiverem dúvidas ou questões que queiram colocar-me a  respeito deste tema, terei todo o gosto em esclarecer-vos. Basta que comentem o post ou enviem as vossas dúvidas para o email seainessabedisto@gmail.com.

20 de Março, 2018

Hoje é o Dia Internacional da Felicidade!

Patrícia Teixeira

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A marca Olá está sempre em cima do acontecimento e enviou-me umas dicas para celebrar em grande o Dia Internacional da Felicidade que se comemora hoje, dia 20 de Março. São 24 ideias para serem postas em prática (uma para cada hora do dia), todas marcadas por um espírito positivo e muitos sorrisos. E este é apenas o pretexto para fazer-nos lembrar que a vida é para ser bem vivida todos os dias. Aqui estão elas...Toca a pôr em prática. 

 

1. Começar o dia a dar um concerto no chuveiro. Esta parece-me de fácil execução. No meu caso é, aliás, regra diária durante o duche.


2. Preparar o pequeno-almoço e levá-lo à cama de todos os membros da família. Dá trabalho mas certamente arrecadará sorrisos logo pela manhã. Quem vive sozinho sempre pode optar por preparar um mega pequeno-almoço para si mesmo. 

3. Escrever mensagens positivas nos vários espelhos que tenha em casa. Parece-me uma ideia fantástica mas evitem usar batons please!!!! São caros e requerem uma posterior e difícil limpeza do espelho. Optem por post its. Acabam por surtir o mesmo efeito. Se vivem sozinhos, escrevam num papel uma mensagem positiva e reflictam sobre ela durante uns minutos. 

4. Dedicar uma música na rádio e ouvi-la com o volume no máximo. Caso não consigam que a rádio passe uma música dedicada a quem mais gostam, enviem o link do YouTube com o tema para o email dessa pessoa querida.

5. Abrir a janela do carro, despertar a atenção do condutor do lado e desejar-lhe um dia feliz. E não se ralem com a figura triste que possam eventualmente fazer :) Quando muito a culpa será sempre da falta de humor do outro condutor. 

6. Passar por um cabeleireiro e arriscar uma mudança de visual. Isto é sempre um bom conselho mas no meu caso dispenso. Para mim cortar o cabelo ou mudar-lhe a cor requer prévia e demorada mentalização. Se forem como eu, vão apenas ao cabeleireiro arranjar o cabelo ou dediquem-lhe um pouco mais de tempo, mesmo em casa. 

7. Almoçar ao ar livre num jardim, praia ou zona ribeirinha. Desde que a metereologia permita por mim tudo bem!

8. Comer o gelado Olá que o fizer mais feliz. São 10 Fizz para a mesa do canto sff. 

9. Fazer uma aula de dança do seu estilo preferido - É o que faço sempre que chego a casa. Dez minutos de hip hop e as baterias ficam recarregadas. 

10. Tirar fotografias com o maior número de turistas de nacionalidades diferentes e criar um álbum de recordações. Esta ideia é gira que se farta. Haja tempo e reciprocidade por parte dos turistas. 

11. Construir uma torre de panquecas e comê-la sozinho. Vá, um dia não são dias!

12. Enviar balões para os escritórios do seu grupo de amigos. Nunca fiz, mas vou fazer hoje à tarde! 

13. Encher as secretárias dos colegas com post-its coloridos, com mensagens positivas. Até para os colegas com quem menos simpatizamos, afinal, a ideia é mesmo essa, espalhar felicidade e energia positiva. 

14. Ligar àquele amigo de quem gosta muito e com quem já não conversa há tanto tempo e combinar um jantar. Promessa feita!

15. Partir o mealheiro e marcar uma escapadinha para o fim-de-semana. Qual mealheiro? :) Boa sugestão para começar a fazer um.

16. Desafiar os amigos a partilhar a fotografia mais feliz nas redes sociais. Boa, boa, boa!

17. Dizer “Feliz Dia da Felicidade”, acompanhado de um sorriso, a todas as pessoas com que se cruze no Metro. O meu percurso diário não inclui andar de Metro. Mas irei cumprimentar o maior número de pessoas que se cruzar comigo. Já o faço, na verdade!

18. Preparar um momento de spa em casa. Um banho de imersão, em silêncio, é tudo quanto preciso!

19. Desligar o telemóvel e dedicar tempo para brincar com os filhos. Quem me conhece sabe que a dica de desligar o telemóvel é de longe a minha preferida. Com ou sem filhos, arrisque e veja se tem coragem. 

20. Organizar uma festa de pijama com o grupo de amigos. Dispenso que me apareçam em casa vestidos de pijama. Mas faço a festa!

21. Vestir a roupa mais colorida e os acessórios extravagantes que tiver no roupeiro. Ok, combinado. Mas com os devidos limites do bom-senso!

22. Ver ou rever o filme que o faz chorar e doer a barriga de tanto rir. Está escolhido..."Why Him", com o actor James Franco.

23. Enviar um SMS com uma anedota para os amigos. Missão cumprida!

24. Criar a playlist mais alegre e divertida de sempre (não esquecer a música “Happy”, de Pharrell Williams). Já a criei há algum tempo no Spotify e será a playlist que vou ouvir hoje, no percurso habitual Ericeira - Lisboa. 

 

 

15 de Março, 2018

O transtorno de um vôo cancelado

Patrícia Teixeira

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Num misto de falta de tempo com pouca vontade de recordar coisas tristes, estou há mais de um mês a adiar este post. Mas agora, com tantos vôos cancelados que fazem as honras de abertura dos telejornais (devido ao mau tempo), decidi partilhar convosco a minha recente experiência numa viagem-relâmpago que fiz à cidade de Hamburgo, na Alemanha.

Para começar viajei em trabalho, com um colega, e estaríamos pouco mais de 48 horas na cidade alemã. Foi o tempo que, em conjunto com a organização da viagem, nos pareceu suficiente para realizar o trabalho com competência. E assim foi. Numa manhã despachámos o que nos foi encomendado e festejámos o facto de sobrar-nos algumas horas para visitar a cidade. Aproveitámos ao máximo para percorrer a pé, em passo acelerado e sob 8 graus negativos, 10 kms que passaram à porta dos principais monumentos, aqueles que queríamos mesmo visitar. Destaque para a vista que nos encanta em todos os recantos daquela cidade. É uma espécie de Veneza dos tempos modernos. Mas este é um tema que ficará para outro post.

Vamos realmente ao que interessa. Fui em reportagem e, na mala, de regresso a Lisboa, teria de trazer um trabalho bem feito que seria, no meu caso, complementado com algumas entrevistas a realizar no minuto em que desembarcasse na capital portuguesa. No Jornalismo é quase sempre assim, tudo tem de estar pronto para ontem. Mas como estava previsto o meu vôo de regresso chegar a Lisboa perto das 08:00 da manhã, o tempo seria mais que suficiente para realizar as entrevistas que estavam em falta, ir para casa, encher-me de energia, colar-me ao computador e entregar o trabalho à hora marcada...às 20:00 desse mesmo dia. Acontece que para tudo ter corrido como estava previsto, era impreterível que eu saísse de Hamburgo no vôo cuja partida estava marcada para as 06:00. Perto da hora em que já devíamos estar no avião, sentados, a rezar para que a viagem corresse bem, estavamos ainda na sala de embarque com a informação de que o vôo estava atrasado e não havia previsão da hora de embarque. Ali ficámos, sem poder fazer nada, com o cansaço a dar sinal, mas na esperança de que o atraso não fosse grande o suficiente para prejudicar o nosso trabalho que, a não ser entregue a tempo, iria resultar no prejuízo de milhares de euros para os patrocinadores que pagaram para ver as suas marcas e entrevistas divulgadas na imprensa nacional e estrangeira no dia seguinte.

Três horas depois de um vazio desesperante por falta de informação a respeito do vôo, também por já termos esgotado todas as posições possíveis para conseguir descansar minimamente naquelas cadeiras pouco confortáveis das salas de embarque, a TAP começou a distribuir vouchers de refeição pelos passageiros. Péssimo sinal. Se nos estão a mandar ir dar uma volta pelo aeroporto e aproveitar para comer qualquer coisa, era pouco provável que saíssemos dali tão cedo. Estava na altura de informar quem me contratou em Portugal que havia a possibilidade do vôo nem sequer ser concretizado. Gerou-se uma onda de desespero, partilhada por mim, pelo colega que viajou comigo, pelos patrocinadores e por quem me contratou. Todos sabíamos que nada havia a fazer senão esperar. Mas em desespero, tudo o que era descabido nos passou pela cabeça. Ponderámos alugar um carro, um helicóptero, um jacto. Mas nada disso era prático nem viável. Enquanto isso, a companhia aérea informou finalmente de que o vôo tinha sido cancelado devido a uma avaria na turbina do avião. Mandaram-nos recolher as malas e dirigirmo-nos o mais rapidamente possível ao balcão do aeroporto que trata de apresentar soluções a todos os passageiros lesados com este cancelamento. Até aqui, e ignorando o meu estado emocional que estava em frangalhos e os nervos no limite, pareceu-nos que apesar de tudo a partir dali a situação iria fluir de forma mais fácil. Afinal, a competência que esperamos de uma companhia tão conceituada como a TAP dá-nos algum descanso e a certeza de que certamente nos encaminharão rápida e eficazmente para a melhor solução. Mas depressa descobrimos que embora as soluções apresentadas pela companhia tivessem fama de não serem mazinhas de todo, até que chegasse a nossa vez de sermos atendidos passaram mais três ou quatro horas. Aceito que para os funcionários seja complicado gerir este tipo de situação, afinal, são centenas de pessoas que no menor tempo possível eles têm de reencaminhar para os seus destinos, dê por onde der. Mas continuo a acreditar que nada se compara ao stress de quem fica em terra, com compromissos inadiáveis no destino, com reencontros familiares agendados há uma década que deixam de acontecer, com férias marcadas e sonhadas há tanto tempo que não foram concretizadas. Até uma história de amor à distância eu vi ficar por ali. Enquanto estive na fila de espera, ri, chorei, desesperei mas, acima de tudo, aprendi a grande lição de que por vezes, o rumo da vida e das coisas, não depende mesmo de nós. E quanto a isso nada há a fazer. Respirei fundo, e quando chegou a minha vez de ser atendida, simpaticamente ofereceram-me a hipótese de ficar mais uma noite em Hamburgo, com tudo pago pela companhia, e nesse caso embarcaria no primeiro vôo do dia seguinte para Lisboa. Ou então faria escala nesse mesmo dia em Zurique, na Suíça e da Suíça partiria finalmente para Lisboa, onde estava previsto aterrar perto das 21:00. Aceitei de imediato a segunda hipótese e lá fui eu dar uma volta até Zurique, onde aterrei sob uma grande tempestade de neve. Cheguei a Lisboa sã e salva e, perdoem-me a presunção, mas com muito profissionalismo e rapidez a teclar, consegui entregar o trabalho nesse mesmo dia. Não no tempo previsto mas a tempo de não dar prejuízo a ninguém. 

Quanto à TAP ( e até parece que vou receber uma indemnização pelo cancelamento do vôo), responsável pela minha maior crise de nervos, ansiedade e stress que vivi até hoje, só tenho a agradecer. Porque descobriram a avaria em terra, porque foram de uma simpatia extrema nas longas horas em que estivémos a aguardar por notícias do vôo, porque fizeram o melhor que podiam para reencaminhar cada um dos passageiros para o seu destino e porque, finalmente, verteram connosco uma lagriminha disfarçada perante alguns casos mais dramáticos. E perdoem-me a lamechice da coisa, mas quem me conhece sabe que sou assim...as emoções são aquilo que nos alimenta a vida. O resto é conversa!

02 de Março, 2018

Um “segredo” chinês no centro de Lisboa

Patrícia Teixeira

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Digamos que sempre fui um pouco indiferente à gastronomia chinesa. Não gosto nem desgosto! Aquela miscelânea de carnes e molhos, muitas vezes de consistência e aspecto duvidosos, causam-me algum desconforto! Porém, nada que um ataque de fome não seja suficiente para fechar os olhos a essa questão. Mas vamos ao que interessa…

Tenho uma amiga, a Isabel, que é uma verdadeira expertise a descobrir cantos e recantos onde podemos comer bem e a preços fantásticos. Um dia decidiu levar-me a um restaurante chinês, no 5º andar do Centro Comercial Martim Moniz, em Lisboa. Chama-se Hua Ta Li. Claro que não sendo fã de comida chinesa fui meio arrastada para aquele lugar tão despojado que se não formos ali com alguém que saiba ao que vai, não há nada que o identifique. E eis que sou surpreendida por um espaço com uma vista panorâmica deslumbrante sobre o Castelo de São Jorge. E só por isso já valeu a pena a deslocação. É um restaurante simples, sem requinte ou grandes preocupações estéticas, embora existam salas vip reservadas aos clientes mais abastados que pagam, e bem, pela privacidade. Tem um ar bastante asseado e o primeiro indício de que ali talvez seja o sítio indicado para pessoas que apreciam comida chinesa além do chop suey, é que os clientes são maioritariamente orientais. Existem até duas ementas. Uma com que nós, ocidentais, estamos mais familiarizados e outra, mais elaborada, com lombos de caranguejo, sapateira frita com molho de cebolinho e gengibre, patas de rã ou de galinha ou uns dumplings fenomenais. Não mencionando o marisco que aqui é de uma frescura irrepreensível. O staff é bastante simpático e disponível, embora só um ou outro funcionário “arranhe” a nossa língua. Nada que a boa-vontade de ambas as partes não resolva! O preço da refeição pode disparar, obviamente, dependendo dos pratos que escolhemos. Mas é perfeitamente possível aventurarmo-nos em novos sabores orientais sem que a conta se revele uma surpresa desagradável. Convém no entanto perguntar os preços caso não estejam no menu. Acreditem, vale a viagem!

Hua Ta Li
Largo Martim Moniz, C.C. Martim Moniz, 5º andar, Lisboa Tel:218869293 

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